O confronto das corretoras
Cláudia era uma corretora experiente e bem sucedida. Vendia há anos imóveis de todos os perfis: baixo, médio e alto padrão.
Há tempos, tentava vender um apartamento em Itaquera, na região da Avenida Jacu Pêssego. Um potencial cliente estava enrolando para fechar negócio.
Cláudia, usando seus contatos, descobriu que outra corretora estava tentando vender o apartamento: Marise. Pesquisou sobre a concorrente e descobriu que era nova mercado e atuava há dois meses no ramo. Cláudia ficou irritada porque contava com o dinheiro dessa comissão para pagar sua viagem à Espanha, lugar que sempre visitava.
Descobriu o contato de Marise e enviou uma mensagem convidando para uma conversa na área de piscina do condomínio onde se localizava o apartamento.
Marise chegou de calça jeans azul e camiseta preta justa realçando sua beleza morena e cabelos cacheados. Tinha 1,69m de altura, 67kg e 29 anos. Cláudia - branca de ascendência italiana, de olhos verdes e cabelos pretos com mechas loiras - usava um vestido azul claro justo. Tinha 1,68m de altura, 67kg e 45. Cláudia analisava sua concorrente enquanto fumava um cigarro de filtro vermelho.
A conversa se iniciou na piscina e logo Marise percebeu que não se tratava de negócios e, sim, de intimidação.
Cláudia disse que ela deveria abandonar a negociação por não ter experiência e que perderia o negócio. Marise argumentou que havia chegado da Bahia e precisava do dinheiro para pagar o aluguel.
Logo, a discussão esquentou a xingamentos começaram a surgir.
De repente, Cláudia explodiu e propôs que elas subissem ao apartamento alvo da venda para resolver as diferenças. Marise fica boquiaberta, com a respiração acelerada, mas aceitou.
Ambas se levantam e caminham na direção do elevador...
A porta do elevador se abre com o aviso sonoro das portas.
Cláudia, com a segurança que apenas a experiência pode dar, entrou primeiro. Pensava em como aquilo poderia ser uma loucura: elas eram equivalente em altura e peso, mas Marise era bem mais nova.
Já Marise ainda estava com a adrenalina a mil e não conseguia raciocinar direito. Sentia seus músculos pulsarem e confiava que saberia reagir de alguma forma.
Repentinamente, um tapa explodiu no elevador. Um som alto ecoou pelo pequeno espaço.
Cláudia deu um tapa forte em Marise. A cabeça da morena foi violentamente pro lado.
Instintiva e violentamente, Marise acertou outro tapa bem forte na rival. Cláudia saiu sobre a parede do elevador logo acima dos botões.
O confrontou explodiu.
Tapas violentos no rosto e puxões de cabelos foram trocados naquele pequeno espaço. Com um grau enorme de violência.
Mas, durou pouco. A campainha do elevador tocou.
Cláudia e Marise correram para se ajeitar e disfarçar: arrumaram os cabelos, esticaram as roupas e tentaram preservar a elegância.
Cláudia sentia uma ardência no canto da boca. Viu que havia um machucado. Marise também se olhava e viu que o rosto estava apenas avermelhado pelos tapas.
Na breve briga do elevador, Cláudia havia levado a pior.
Um homem entrou e cumprimentou as duas. Não percebeu nada diferente. Ficou concentrado em seu celular.
Um silêncio enorme envolveu o elevador.
Todos desceram no mesmo andar.
O homem foi para um lado e elas para o outro.
Cláudia estava vivendo um furacão emocional. A sua confiança havia desmoronado na hora e após a briga. A cada tapa devolvido ou e recebido, sentia que Marise era mais forte. Os braços morenos dela tinham músculos rijos e pareciam cortar seu rosto a cada golpe.
Enquanto caminhavam pelo corredor, Cláudia sentia o medo nas veias. Iriam entrar naquele apartamento e não haveria ninguém para separá-las.
Ela poderia ser surrada.
Quando chegaram à porta, Cláudia ofegava.
Marise a encarava firme como uma rocha.
Cláudia não poderia dar pra trás.
Ela enfiou a chave na fechadura já intimidada e encurralada.
O vestido azul justo mostrava aquele corpo de seios fartos arfando de ansiedade.
Continua???
"O soco e a fúria"